Economia sustentável

Biodiversidade como fator-chave para o negócio

As florestas são a base do negócio da Klabin, o que imprime grande responsabilidade nos cuidados com a principal fonte de matéria-prima de seus produtos. Como a qualidade das florestas plantadas também depende da qualidade das florestas nativas e de seus recursos naturais, a biodiversidade é tema material para a Companhia, e conta com o maior conjunto de metas para 2030 na Agenda Klabin para o Desenvolvimento Sustentável (KODS). São elas: 

Manejo florestal

O manejo florestal responsável, feito a partir do plantio em mosaico, mescla áreas de matas nativas conservadas com florestas plantadas de pínus e eucalipto e representa uma das melhores referências das boas práticas florestais nessa área. Essa forma de manejo ajuda a proteger a natureza e os recursos naturais, contribui para melhorar o potencial produtivo das florestas e a conservar a biodiversidade por meio de corredores ecológicos que permitem a circulação de centenas de espécies de animais silvestres. 

Por meio do Programa Contínuo de Monitoramento da Biodiversidade, são verificados os efeitos do manejo florestal sobre a quantidade, a distribuição e o comportamento da fauna e adotadas medidas de prevenção e mitigação de danos à biodiversidade, agindo para a sua conservação. 

O monitoramento, além de novos registros, contribui para a permanência e a identificação de espécies de fauna e de flora ameaçadas de extinção nas áreas da Klabin e permite o conhecimento e a atualização constante da riqueza biológica nas áreas acompanhadas. Dessa forma, é possível fazer o reconhecimento das espécies permanentes para as fazendas ao longo do tempo e identificar a manutenção da conservação das Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVCs).

A Companhia integra os grupos de trabalho dos Planos de Ação Nacional (PAN) para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os PAN são instrumentos de gestão participativa para a organização e a priorização de ações voltadas à conservação da biodiversidade e seus ambientes naturais. 

Reintrodução de espécies 

Desde 2019, o Parque Ecológico Klabin, em Telêmaco Borba (PR), lidera os esforços voltados à reintrodução de espécies de fauna localmente extintas e o reforço populacional daquelas ameaçadas de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), listas federais e estaduais.

Criado na década de 1980, o Parque ocupa uma área de quase 10 mil hectares, dos quais aproximadamente 91% são formados por florestas nativas. Suas atividades promovem a conservação da biodiversidade, a reabilitação de animais, a preservação de espécies em extinção, o desenvolvimento de pesquisas científicas e o apoio aos projetos de educação ambiental. 

A soltura de 30 jacutingas (Aburria jacutinga) na mata nativa, desde março de 2022, já trouxe contribuição para a evolução de uma das metas KODS e que também é meta atrelada ao Sustainability-Linked Bond (SLB). O projeto inclui reforma de recintos de ambientação no Parque Ecológico, autorizações e licenças, entre outros procedimentos.  

Em 2023, teve início a preparação para o projeto de reforço populacional do papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), espécie com status de conservação considerado vulnerável na regional.

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) 

A RPPN Complexo Serra da Farofa, localizada em Santa Catarina, possui 4.987,15 hectares e se encontra em ambiente nativo sem interferência das operações florestais. Com florestas de araucárias e campos de altitude, abriga as nascentes dos rios Caveiras e Canoas. É destinada a pesquisas científicas, ao manejo de recursos naturais e à manutenção do equilíbrio climático e ecológico.

Ainda em fase de aprovação pelas autoridades ambientais, a Klabin conta com uma terceira área a ser reconhecida como RPPN, a Samuel Klabin, localizada no município de Imbaú, no Paraná.