Uso da água
Monitorar para gerenciar impactos
Uma das principais ferramentas para a gestão da água na Klabin é o monitoramento, que permite realizar periodicamente análises críticas em todas as unidades e atuar em eventuais desvios que possam impactar na evolução dos indicadores. Mais do que um período de novos projetos, 2022 foi um ano de ajustes operacionais, com foco na melhoria contínua dos processos para reduzir o consumo de água.
Uma das metas KODS é a redução de 20% do consumo específico de água até 2030, tendo como base o ano de 2018. O consumo específico é o resultado da quantidade de água retirada da fonte subtraída pela quantidade de efluente tratado e devolvido para a fonte. O indicador que contribui para a meta apresentou bom desempenho em 2022: 3,63m3 por tonelada de produto, levando à redução de 17,9% no consumo específico de água no período, em relação ao ano-base da meta (2018).
Manejo hidrossolidário
conjunto de práticas que viabilizam a adequada orientação do uso do solo e de outros recursos naturais com o intuito de produzir bens e serviços ambientais sem afetar o solo e a água.
GlossárioPara a aplicação da metodologia são considerados diversos parâmetros, especialmente o tamanho dos blocos florestais a serem manejados e sua composição (no que diz respeito a gênero e idade). Com isso, a Klabin busca a continuidade do mosaico florestal, já praticado há muitos anos.
A operação florestal sob gestão própria da Klabin no Paraná já utiliza o fluxo do manejo hidrossolidário. Em 2022, 100% da operação em Santa Catarina também passou a utilizá-lo. Com isso, a Companhia registrou evolução significativa no indicador, próximo da meta KODS de ter, até 2030, 100% das operações florestais sob gestão própria com manejo hidrossolidário. Atualmente, a Klabin trabalha para que, até 2024, suas florestas localizadas em São Paulo também operem sob essa estratégia.
Estresse hídrico
Uma área é denominada de estresse hídrico quando atinge índices superiores a 20% da proporção entre o total de água retirado anualmente e o fornecimento renovável anual disponível. Para esse controle, a Klabin monitora todas as suas unidades por meio da ferramenta WRI Aqueduct, que permite .priorizar ações em territórios mais vulneráveis.
Em 2022, as unidades da Klabin classificadas como áreas de estresse hídrico foram Franco da Rocha, Jundiaí-DI, Jundiaí-TP e Suzano (em São Paulo), Goiana (em Pernambuco), Horizonte (no Ceará) e Rio Verde (em Goiás).
Ter iniciativas para o aumento da segurança hídrica territorial em 100% das localidades onde a Companhia atua é uma das metas da Agenda Klabin 2030.
Os resultados do indicador têm registrado evolução ano a ano (vide Panorama dos indicadores, a seguir), fruto de iniciativas como a instalação de Estações de Tratamento de Efluentes mais eficientes (Betim, Itajaí, Manaus, Rio Negro, Goiana e São Leopoldo), a participação em Comitês de Bacias Hidrográficas e as ações de educação ambiental do Programa Klabin Caiubi, que envolvem as unidades Monte Alegre e Puma (no Paraná), Otacílio Costa, Lages e Correia Pinto (em Santa Catarina), Feira de Santana (na Bahia), São Leopoldo (no Rio Grande de Sul) e Angatuba, Jundiaí DI e Jundiaí TP (em São Paulo). A atuação estratégica do GT de Gestão da Água, grupo de trabalho constituído de representantes de todos os negócios da Klabin, também tem contribuído fortemente para os resultados.
Panorama dos indicadores
Gestão sobre o descarte de efluentes
sigla de demanda bioquímica de oxigênio. Trata-se de um teste-padrão, realizado a uma temperatura constante e durante um período de incubação de cinco dias, para medir o consumo de oxigênio na água. É medida pela diferença do oxigênio dissolvido (OD) antes e depois do período de incubação.
Glossáriosigla de demanda química de oxigênio. Trata-se de parâmetro indispensável aos estudos de esgotos sanitários e efluentes industriais. Avalia a quantidade de oxigênio dissolvido (OD) consumido em meio ácido que leva à degradação de matéria orgânica.
Glossáriosigla de Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), tem como objetivo não só fornecer aos formuladores de políticas avaliações científicas regulares sobre as mudanças climáticas, suas implicações e possíveis riscos futuros como também propor opções de adaptação das políticas e de mitigação de danos.
Glossário
Efluentes tratados
Efluentes tratados
Antes de retornarem aos corpos hídricos, 100% dos efluentes são tratados nas Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), monitorados internamente e verificados por auditorias externas, a fim de evidenciar o atendimento a todos os requisitos legais. Em várias das unidades da Companhia, metas relacionadas às questões hídricas estão atreladas ao Programa de Participação nos Resultados (PPR).
A Unidade Otacílio Costa (SC) tem o efluente de maior qualidade na Klabin, resultado de projetos de atualização tecnológica.
O projeto Puma II já tem 100% dos efluentes tratados pelo nível terciário da Unidade Puma (PR), observados os indicadores do International Finance Corporate (IFC).